Lula e Janja lamentam morte de jornalista Nathalia Urban na Escócia: 'Deixa um vazio na comunicação'



Nathalia Urban, de 36 anos, era correspondente de um portal de notícias. A polícia investiga as causas da queda, que ocorreu em Edimburgo. Presidente Lula e Janja publicam no Instagram mensagem de pesar pela morte da jornalista Nathalia Urban
Reprodução/Instagram
O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e primeira-dama, Janja da Silva, publicaram nesta quinta-feira (26) uma mensagem de solidariedade à jornalista Nathalia Urban, que morreu aos 36 anos após cair de uma ponte em Edimburgo, na Escócia.
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Segundo apurado pelo g1, Nathalia caiu da ponte na segunda-feira (23). Ela foi socorrida e internada em um hospital, mas ficou em estado de coma. Na quarta-feira (25), a jornalista passou por exames que constataram a morte cerebral. Ela é doadora de órgãos e realizou os procedimentos necessários.
A mensagem publicada nas redes sociais da primeira-dama foi assinada por ela e pelo presidente Lula. No texto, o casal afirmou que Nathalia “deixa um vazio na comunicação e nos debates no Brasil”.
Veja o texto completo abaixo:
“Com muita tristeza e pesar, ficamos sabendo da morte da jornalista Nathalia Urban na Escócia. Nathalia foi uma analista e jornalista internacional, extremamente competente e comprometida. Jovem, com um grande futuro pela frente que infelizmente foi cortado cedo demais.
Nathalia deixa um vazio na comunicação e nos debates no Brasil e na luta por um mundo mais justo. Esperamos que todas as circunstâncias em torno da sua morte sejam devidamente esclarecidas.
Estendendo nossa solidariedade aos familiares, amigos e a todos os públicos que acompanharam seu trabalho.
Luiz Inácio e Janja Lula da Silva”
G1 em 1 minuto – Santos: Saiba quem era Nathalia Urban, jornalista que morreu na Escócia
Itamaraty
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio do Consulado-Geral do Brasil em Edimburgo, afirmou ter conhecimento do caso e estar em contato com as autoridades locais e com os familiares da cidadã brasileira para prestar a “assistência consular cabível”.
“Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”, acrescentou o MRE.
O ministério apontou que o “traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017”.
Por fim, o MRE declarou que, em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.
Antes da queda
O jornalista e diretor de redação do Brasil 247, Florestan Fernandes Júnior, contou que a colega de profissão estava de férias da empresa e havia viajado para Tunísia, na África, junto com o companheiro.
Um dia antes de retornar ao serviço, ela mandou uma mensagem a um chefe informando que estava de volta e havia se separado. “Mas que ela estava bem, que estava tudo tranquilo”, afirmou Florestan.
Nathalia Urban era jornalista e morava na Escócia
Redes sociais
Porém, Nathalia não fez contato no dia previsto para retorno ao emprego. Segundo o colega, a jornalista não costumava agir dessa forma, pois sempre avisava quando não conseguiria trabalhar. Com a falta de comunicação, a equipe descobriu sobre a queda ao tentar contato com familiares e a Embaixada Brasileira.
“O Itamaraty [Ministério das Relações Exteriores] conseguiu informações das autoridades da Inglaterra, como o hospital que ela estava, o que tinha ocorrido. Ela tinha quebrado duas costelas, tido uma perfuração e estava em estado de coma, mas também não tinha detalhes”, disse Florestan.
Causa da queda
De acordo com ele, as autoridades investigam as causas da queda. “O motivo que levou ela a cair de cima da ponte precisa ficar mais claro”, afirmou, dizendo que há diversas hipóteses, de acidente até feminicídio.
A notícia do caso surpreendeu a todos. “Eu fiquei chocado porque além de ser minha colega, ela era uma pessoa muito presente, ajudou muito minha filha que foi fazer mestrado na Europa”, afirmou o jornalista, dizendo que admirava o trabalho da colega de profissão.
“Ela fez sociologia, jornalismo, tinha uma rede de contatos, era muito bem informada, uma pessoa muito ativa, participava de seminários, de palestras. Tinha contato em tudo quanto é lugar do mundo, gostava muito do que fazia, estava bem, estava feliz com o relacionamento. Então, pegou todo mundo de surpresa”, finalizou.
O Consulado-Geral do Brasil em Edimburgo informou que as informações sobre o caso devem ser solicitadas ao Ministério de Relações Exteriores. No entanto, o Ministério não se manifestou até a publicação desta reportagem.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos


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