Incendiário que ateou fogo em ônibus com mais 40 passageiros entrou de forma clandestina no veículo; entenda
Homem se trancou no banheiro e incendiou o veículo na Rodovia Régis Bittencourt, na altura de Cajati, no interior de São Paulo. Ele foi preso em flagrante e conduzido à delegacia. Ônibus foi incendiado em Cajati, no interior de São Paulo
Dione Aguiar/TV Tribuna e Redes Sociais
O homem preso após incendiar um ônibus de turismo que transportava outras 44 pessoas e um animal de estimação, no km 497 da Rodovia Régis Bittencourt, na altura de Cajati, no interior de São Paulo, entrou de forma clandestina no veículo.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Paulo Roberto Schiontek, disse que o suspeito, de 40 anos, não constava na lista de passageiros oficiais. Ninguém ficou ferido.
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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o crime aconteceu por volta das 5h30, quando o homem se trancou no banheiro e ateou fogo no local. O coletivo havia partido de São Paulo e tinha como destino Curitiba (PR).
Os passageiros, ao perceberem a fumaça, agiram e arrombaram a porta do banheiro, retirando o incendiário do local. Ele não sofreu queimaduras, embora apresentasse fuligem no rosto.
O delegado informou que o homem prestou depoimento e apresentou uma versão contraditória, informando que teria entrado no ônibus na capital paulista, onde reside, mas que a investigação apontou o contrário.
“Ele não consta na lista de passageiros oficiais. Provavelmente ele entrou de forma clandestina no ônibus ali no posto de combustível, em Registro, quando o pessoal parou para fazer o lanche e utilizar o banheiro na madrugada”, disse.
Ao delegado, o homem relatou que é usuário de drogas. “A posição dele é de passageiro clandestino. Ele apresentou essa versão contraditória, estava com as mãos cheias de fuligem, o rosto cheio de fuligem”. Paulo disse que o incendiário não soube explicar por quê queimou o ônibus.
Homem que ateou fogo em ônibus com mais de 40 passageiros em viagem entre SP e PR entrou clandestinamente no veículo
Dione Aguiar/TV Tribuna
O delegado questionou se o homem fumava e se estava com isqueiro e, apesar da confirmação, não soube informar onde os objetos estavam. A hipótese da Polícia Civil é que ele tenha descartado durante a tentativa de fuga.
O caso foi registrado como incêndio doloso majorado [crime com agravantes] em transporte coletivo na Delegacia Sede de Cajati, onde é investigado.
“Não foi apreendido nada devido a proporção do incêndio. Estamos aguardando o laudo da perícia que foi feita. […] O inquérito está em andamento e a gente tem 10 dias para concluir”, finalizou.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que a autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante para a preventiva.
O g1 entrou em contato com a Viação Andorinha, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Fuga e prisão
Ônibus foi incendiado em Cajati, no interior de São Paulo
Divulgação/PRF
O motorista parou o ônibus no acostamento para que os ocupantes deixassem o veículo, que acabou consumido pelo fogo. Assim que o condutor parou o veículo, o incendiário fugiu. As testemunhas do crime acionaram a polícia e uma equipe da PRF de Registro se deslocou ao ponto indicado.
Os agentes começara as buscas perto de onde o ônibus foi incendiado, e localizaram o homem em um posto no km 500 da mesma rodovia. Segundo a PRF, durante a abordagem e prisão, ele falou coisas sem nexo e deu respostas evasivas. O caso foi apresentado no DP de Cajati.
Congestionamento
De acordo com a concessionária Arteris, que administra o trecho da rodovia, a pista sul foi interditada para o trabalho de combate às chamas realizado pelo Corpo de Bombeiros. No local chegou a ser registrado um congestionamento de 12 quilômetros.
A Arteris informou que a pista só foi liberada 8h30, mas que o ônibus incendiado permaneceu no acostamento para que seja periciado.
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