Ex-marido é condenado por matar a ex-esposa a tiros; suposta amante também é punida
Robson Biscardi Santana e Daniele Alves de Oliveira foram condenados a 14 e 12 anos de prisão, respectivamente. Crime ocorreu em Guarujá (SP). Daniela Santana morreu após ser baleada em Guarujá (SP)
Arquivo pessoal
Robson Biscardi Santana, ex-marido da motorista de transporte escolar baleada e morta em Guarujá, no litoral de São Paulo, foi condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato. Ele enfrentou um júri popular junto com Daniele Alves de Oliveira, a suposta amante, que também foi condenada por sua participação no crime.
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Daniela Cristina Antônio Santana morreu em outubro de 2022. Ela foi atingida com tiros na nuca, braço e tórax. A vítima estava chegando na casa da mãe, no bairro Paecara, quando foi atacada e morreu.
Com base na investigação policial sobre o crime, o Ministério Público (MP) concluiu que a vítima teria descoberto que estava sendo traída pelo marido com Daniele e, por isso, quis a separação. Desta forma, a dupla condenaa decidiu matar a mulher por benefícios econômicos.
Segundo a denúncia do MP, os tiros que mataram Daniela teriam sido disparados pelo ex-marido, que usou o carro da suposta amante emprestado.
Robson e Daniele foram presos em junho do ano passado e julgados entre 26 de outubro 27 de novembro, no Fórum de Guarujá. No primeiro dia, foram ouvidas 15 testemunhas e, no dia seguinte, houve manifestação do MP e depoimento dos réus.
Os jurados decidiram, por 4 votos a 3, pela condenação de Robson e Daniele. O ex-marido da vítima foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, enquanto a suposta amante terá que cumprir 12 anos de pena em regime fechado por homicídio qualificado.
O que dizem as defesas?
O advogado André Cenedesi, que representa Robson, informou ao g1 que a defesa já entrou com recurso contra a decisão. “Estamos estudando todas as possibilidades recursais existentes para o caso. Sem dúvida, no máximo, até o começo da [próxima] semana, esses recursos serão apresentados”, afirmou.
De acordo com André, a condenação não refletiu as provas dos autos. “A defesa entende que não existiam provas nos autos que possam dar garantia ou subsistência ou alicerce para uma condenação”, disse.
O advogado da ré, Airton José Sinto Júnior, demostrou descontentamento com a decisão. Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, ele falou: “Quatro votos pela condenação, três pela absolvição. Isso dá espaço para a gente desenvolver algumas teses, mas a principal é que a decisão daqueles que entenderam pela condenação é totalmente contrário ao que há nos autos”.
Daniela foi morta na Rua Maria Barbosa, em Guarujá (SP).
Reprodução/TV Tribuna
O crime
O crime aconteceu em 28 de outubro de 2022, na Rua Maria Barbosa, no Sítio Paecara, em Vicente de Carvalho. Daniela descia da van de transporte escolar, por volta das 7h, quando foi baleada.
Segundo a PM, os agentes foram acionados via 190 por moradores do bairro, que afirmaram que uma mulher havia sido atingida por tiros de arma de fogo.
A PM afirmou que o resgate do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foram acionados, mas a morte foi constatada ainda no local.
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