Dólar opera em queda e vai abaixo de R$ 5,70, com expectativa por fiscal e dados dos EUA; Ibovespa sobe
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana teve alta de 0,74%, cotada a R$ 5,7046. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,13%, aos 129.893 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar abriu com volatilidade nesta segunda-feira (28), oscilando entre altas e baixas e dando início a uma semana agitada para o mercado financeiro. Por aqui, investidores começam a semana avaliando o resultado das eleições municipais e na expectativa pelo pacote de cortes prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na semana, uma série de indicadores de atividade e emprego no Brasil e no exterior ficam no radar, bem como a continuidade da temporada de balanços referentes ao terceiro trimestre do ano.
Nos Estados Unidos, o destaque fica com os novos dados de emprego e inflação, que devem dar novos sinais sobre quais devem ser os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros do país.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta.
MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 10h05, o dólar tinha queda de 0,27%, cotado a R$ 5,6893. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, a moeda subiu 0,74%, cotada a R$ 5,7046.
Com o resultado, acumulou:
recuo de 0,11% na semana;
avanço de 4,73% no mês;
ganho de 17,56% no ano.
O
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,745, aos 130.858 pontos.
Na véspera, o índice encerrou em queda de 0,13%, aos 129.893 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,46% na semana;
perdas de 1,46% no mês;
recuo de 3,20% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Os investidores começam esta segunda-feira (28) de olho no noticiário local e doméstico, dando início a uma semana movimentada para o mercado financeiro.
Por aqui, o foco fica direcionado para o resultado das eleições municipais de 2024. No domingo (27), 51 municípios brasileiros tiveram 2º turno para escolher prefeitos para os próximos quatro anos.
A votação de domingo deixou em evidência a potência de partidos de centro e centro-direita, e revelou uma polarização mais enfraquecida — em que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostraram pouco eficazes como padrinhos de candidatos.
O PSD, presidido por Gilberto Kassab, é o partido que vai liderar a maior parte da população do país a partir de 2025.
Além disso, os investidores também seguem na expectativa pela divulgação de um novo pacote de cortes. Nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que a equipe econômica poderia lançar novas medidas estruturais para reduzir os gastos públicos após as eleições municipais.
A equipe econômica vem sendo pressionada a adotar iniciativas pelo lado das despesas. O tema também tem sido abordado frequentemente pelo Banco Central do Brasil (BC) como fator de influência na política monetária.
Com o cenário de juros no radar, investidores devem monitorar uma série de indicadores previstos para esta semana, com destaque para os novos dados de emprego e do setor público consolidado.
Nesta segunda-feira, o relatório Focus do BC, que reúne as estimativas do mercado financeiro para a economia, indicou uma nova elevação da projeção de inflação para este ano, no 4º avanço seguido. A previsão passou de 4,50% na semana passada para 4,55% nesta semana, ficando acima do teto da meta.
Já no exterior, a corrida presidencial norte-americana continua no foco, bem como a temporada de balanços corporativos e a agenda de indicadores dos Estados Unidos — que promete novos dados de emprego, inflação e atividade na maior economia do mundo.
Essas informações devem ser observadas de perto pelo mercado, que continua buscando novos indícios sobre quais devem ser os próximos passos do Fed na condução dos juros do país.
A política monetária na Europa e os desdobramentos do conflito no Oriente Médio também ficam no radar.
*Com informações da agência de notícias Reuters
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