Dólar abre em alta em dia de eleições nos EUA
No dia anterior, a moeda norte-americana encerrou com queda de 1,48%, cotada a R$ 5,7831. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos.
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O dólar abriu em alta nesta terça-feira (5), dia de eleições nos Estados Unidos, nas quais se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump.
Essa é a eleição mais incerta da história da maior economia do mundo e isso se refletiu no preço do dólar nos últimos dias, que avançou frente a várias moedas, principalmente de países emergentes, inclusive o real.
As pesquisas mostram um cenário de empate técnico entre os dois candidatos, mas as apostas do mercado financeiro são de uma vitória de Trump — embora, nos últimos dias, a vantagem do republicano sobre Harris tenha diminuído.
Trump defendeu durante toda sua campanha a taxação de produtos importados nos Estados Unidos, além de outra medidas de protecionismo econômico — o que aumentou as perspectivas de que, em um governo dele, a inflação poderia subir, elevando os juros e isso levou a uma disparada do dólar pelo mundo.
Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h, o dólar subia 0,04%, cotado a R$ 5,7855. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda caiu 1,48%, cotada a R$ 5,7831, depois de tingir o segundo maior patamar da história na semana passada. No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,48% na semana;
avanço de 0,03% no mês;
ganho de 19,18% no ano.
O
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos.
Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos.
Com o resultado, acumulou:
avanço de 1,87% na semana;
ganhos de 0,62% no mês;
recuo de 2,74% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, enquanto aguarda pelo fim das eleições, o mercado norte-americano não conta com grandes divulgações de dados econômicos neste pregão, com as atenções voltadas apenas ao cenário político.
Em reportagem do g1, especialistas explicam que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que uma vitória de Trump pressionaria mais o dólar em detrimento do real.
Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China.
“Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras”, explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional.
Esse cenário poderia mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação.
As eleições americanas acontecem nesta terça-feira (5) e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias.
Ainda nos Estados Unidos, na quinta-feira, o Fed volta a se reunir para decidir suas novas taxas de juros, atualmente entre 4,75% e 5,00% ao ano, depois de um corte de 0,50 ponto percentual na última reunião, em setembro.
O mercado aposta numa continuidade do ciclo de cortes nos juros, mas em maior magnitude, com uma redução de 0,25 ponto percentual.
Na manhã deste domingo (3), o Ministério da Fazenda informou que, a pedido do presidente Lula, o ministro Fernando Haddad estará em Brasília ao longo da próxima semana, “dedicado aos temas domésticos”.
No Brasil, há expectativas de que haja algum avanço nas discussões sobre os cortes de gastos públicos.
Por enquanto, as medidas em estudo ainda não foram detalhadas, o que tem gerado nervosismo no mercado financeiro — com pressão sobre o dólar, queda da Bolsa de Valores e alta dos juros futuros.
Nos últimos dias, Haddad defendeu que entende a “inquietação” do mercado, mas acrescentou que o governo apresentará propostas para manter o arcabouço fiscal operante. A expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas.
Ao longo dos próximos dias, ainda, o mercado aguarda pela decisão do Copom, com expectativa de que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano. Juros maiores são uma tentativa do BC de conter o avanço da inflação.
No Boletim Focus deste semana — um relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado para os principais indicadores econômicos do país — as projeções para a inflação voltaram a subir, pela quinta semana consecutiva.
Agora, o mercado passou a prever a inflação a 4,59% no fim de 2024, ultrapassando o limite da meta inflacionária para o ano. A meta do BC é de 3,00%, com a inflação podendo oscilar entre 1,50% e 4,50% para ser considerada oficialmente cumprida.
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