Comerciante assassinado após descobrir traição ficaria tetraplégico se sobrevivesse às facadas, aponta laudo



Segundo promotora do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Igor Peretto sofreu aproximadamente 40 facadas no apartamento da irmã em Praia Grande (SP). Órgão denunciou Rafaela Costa, a viúva; Mario Vitorino, o sócio; e Marcelly Peretto, a irmã da vítima. Imagens mostram Marcelly, Rafaela, Mário e Igor momentos antes do crime em Praia Grande (SP)
Reprodução
O comerciante Igor Peretto, morto a facadas no apartamento da irmã em Praia Grande, no litoral de São Paulo, teria ficado tetraplégico [sem movimento do pescoço para baixo] se tivesse sobrevivido. A informação consta em laudo necroscópico obtido pelo g1. Três pessoas próximas à vítima foram presas: Rafaela Costa (viúva), Marcelly Peretto (irmã) e Mario Vitorino (cunhado).
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) concluiu que o trio preso pela morte de Igor, em 31 de agosto, premeditou o crime porque ele era um “empecilho no triângulo amoroso” entre Rafaela, Marcelly e Mario Vitorino.
Ao g1, a promotora Roberta Bená Perez Fernandez afirmou ter considerado o caso como “chocante e violento”.
“Tamanha [foi] a violência. Só uma das facadas já causou a tetraplegia […]. Se você for pesquisar o que causa tetraplegia, tem que ser uma violência muito grande, então, se o Igor tivesse sobrevivido, ele estaria tetraplégico”, disse a promotora.
Roberta explicou que o MP-SP tem “convicção” de que os três estão envolvidos no crime, tanto no planejamento quanto na execução. Apesar de Rafaela ter saído do apartamento antes, ainda segundo a promotora, a mulher ajudou a “atrair” a vítima ao local, aguardando os comparsas para fugir em seguida.
“E o Mario e a Marcelly, respectivamente, cunhado e irmã do Igor, estavam no apartamento executando o crime, esse crime brutal, horrendo, que chocou a todos nós, onde foram desferidas inúmeras facadas, aproximadamente 40 facadas na vítima”, complementou.
Mário Vitorino (à esquerda), Marcelly Peretto (à direita) e Rafaela Costa foram denunciados pelo MP-SP
Arquivo pessoal, redes sociais e reprodução
Para a promotora, o trio demonstrou “alta periculosidade” por ter planejado a morte de uma pessoa próxima e por ter feito pesquisas de quanto tempo um corpo demora a feder. “São pessoas que não têm como conviver no meio social”, disse ela.
“Se eles fazem isso com alguém que juravam amor, o que não fariam com nós, com as demais pessoas que convivem com eles na sociedade?”, afirmou Roberta.
A promotora disse que em nenhum momento os envolvidos tentaram salvar Igor ou minimizar o sofrimento dele. “Fizeram buscas de rota de fuga ou de quanto tempo demoraria para [o corpo] cheirar e chamar a atenção de alguém e eles terem tempo de fugir”, complementou.
Triângulo amoroso
Roberta afirmou que o fato de Igor ser visto como um “empecilho” para que eles vivessem um triângulo amoroso foi a motivação da morte, que também os beneficiaria financeiramente. No entanto, o MP-SP não tem um levantamento dos bens da vítima, o que deve ser feito no processo de inventário.
“É uma situação bastante chocante, não só para o MP, mas para toda a sociedade. Sou promotora há 13 anos, foi um dos crimes que mais me chocou, justamente pela frieza, as pessoas que traíram a vítima foram a irmã, a esposa, o cunhado, tanto que ele fala [isso] antes de morrer”, finalizou.
Vantagem financeira
Igor Peretto, irmão do vereador de São Vicente (SP), Tiago Peretto (União Brasil), foi morto a facadas em Praia Grande
Reprodução/Redes Sociais e Thais Rozo/g1
De acordo com a denúncia recebida pela Justiça, a morte de Igor traria “vantagem financeira” aos acusados. Os advogados dos presos negaram a versão apresentada pelo MP-SP, que afirmou que Rafaela mantinha relacionamentos extraconjugais com Mário e Marcelly, estabelecendo uma relação íntima entre o trio sem o conhecimento do comerciante.
“Nesse verdadeiro triângulo amoroso, Igor tornou-se um empecilho. Por isso, Rafaela, Marcelly e Mário, em conluio, decidiram matar Igor”, apontou em denúncia o MP-SP.
O Ministério Público citou quais seriam as vantagens financeiras aos denunciados. Segundo o órgão, Mário poderia assumir a liderança da loja de motos que tinha em sociedade com o cunhado, enquanto a viúva receberia herança. “Marcelly, que se relacionava com os dois beneficiários diretos, igualmente teria os benefícios financeiros”, traz a denúncia.
O MP considerou a ação do trio contra Igor um “plano mortal”. O documento diz que eles planejaram o crime, sendo que Mário desferiu as facadas, a viúva atraiu o comerciante e, junto com Marcelly, incentivou Mário a matá-lo.
O órgão levou em conta essas informações para elaborar a denúncia por homicídio qualificado. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles.
Ainda segundo a denúncia, o assassinato também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Igor estava desarmado e foi atacado por uma pessoa com quem tinha relacionamento próximo e de quem não esperava mal.
Sobre o crime
O crime aconteceu em 31 de agosto. Dentro do imóvel estavam a vítima, Marcelly (irmã) e Mário Vitorino (cunhado e sócio de Igor). Rafaela Costa (viúva) chegou com Marcelly ao apartamento, mas o deixou 13 segundos antes do marido chegar com o suspeito pelo assassinato.
As mulheres se entregaram e foram presas em 6 de setembro, enquanto Mário foi detido após ser encontrado escondido na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha (SP), no dia 15 do mesmo mês.
De acordo com os depoimentos do trio e dos advogados, a viúva Rafaela tinha um caso com Mário. Além disso, o advogado de Marcelly chegou a dizer que a cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento.
Denúncia
A Justiça de Praia Grande (SP) converteu as prisões do trio,de temporárias para preventivas, após a denúncia feita pelas promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bená Perez Fernandez, do MP-SP.
Segundo a denúncia, a vítima foi morta com facadas desferidas por Mário, que recebeu incentivo e apoio moral de Marcelly e Rafaela. De acordo com a interpretação do MP-SP, as mulheres ainda foram as responsáveis por atrair Igor para o local.
Rafaela Costa (à esq.) e Marcelly Peretto (à dir.) são fotografadas segurando placa referente à homicídio
Reprodução
Defesas
Ao g1, o advogado da viúva, Marcelo Cruz, informou que a defesa aguarda a intimação da Justiça para apresentar resposta à acusação do MP-SP e “apontar falhas técnicas”.
“A acusação, no que diz respeito à Rafaela, é forçosa e não se respeitará ao final. Penso que colocar a Rafaela no bojo da denúncia atrapalhará a própria ação penal, que, pelo que se apresenta, nasceu às sombras das incertezas e desenvolveu-se sob o manto de uma apuração inconclusiva”, afirmou.
O advogado Leandro Weissmann, representante da irmã de Igor, disse que nunca existiu qualquer plano para matar alguém por parte da cliente dele. Além disso, reforçou que Marcelly estava separada de Mário.
“Que triângulo amoroso é esse se ela estava separada de fato de Mário? O relatório policial e tampouco a denúncia do MP, trazem qualquer indício de onde Marcelly se beneficiaria da morte de seu irmão. Trata-se de mera ilação fantasiosa e desprovida de qualquer prova onde, ao final, restará comprovada a inocência de Marcelly Peretto, justamente porque não teve qualquer conduta criminosa”, relatou.
Em nota, o advogado Mário Badures, que representa o cunhado e autor das facadas, afirmou que a investigação sobre o caso se mostrou confusa ao apontar viés econômico. De acordo com ele, foram ignoradas provas indicativas de que a morte foi decorrente de uma luta entre Mário Vitorino e Igor Peretto.
“A defesa deixa desde logo registrado o equívoco da acusação para a motivação do crime, afinal de contas, Mário Vitorino não era dependente econômico de Igor e em nada lucraria com a sua morte. Ademais, inexiste qualquer evidência da existência de uma relação amorosa conjunta entre os acusados, sendo nítido que o Ministério Público se apoia em ilações e acaba por confundir moral com Direito”.
Ainda em nota, o advogado afirmou que a prisão preventiva foi decretada “com a utilização de fundamentação inidônea, a qual será alvo de nova análise no Tribunal de Justiça e eventualmente perante as Cortes Superiores”.
Família
Felipe Pires de Campos, advogado que representa a família de Igor Peretto, informou que a prisão preventiva dos acusados foi um conforto para os familiares em meio a tudo que aconteceu.
“A prisão preventiva, acertadamente, veio baseada na gravidade dos crimes e em todos os elementos apurados na investigação, que mostram com exatidão a participação de cada um dos três no crime”, disse.
Prisão temporária
O trio havia sido preso temporariamente em setembro e, no início de outubro, a prisão temporária foi prorrogada. Na ocasião, a defesa de Rafaela chegou a entrar com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O STJ informou que a decisão monocrática, ou seja, proferida por um único juiz, não conheceu do pedido, considerando que existem “barreiras processuais que impedem a análise do mérito da ação”.
O que Marcelly disse à polícia?
Mario Vitorino abraça Marcelly Peretto (à esq.) após assassinato do irmão dela; faca usada no crime (à dir.)
Reprodução
Segundo o advogado, Marcelly estava “à vontade” e sozinha no apartamento após Rafaela deixar o imóvel. Câmeras de monitoramento do prédio flagraram a então esposa de Igor saindo do local 13 segundos antes da chegada dos homens.
Leandro Weissmann acrescentou que a cliente estava nua e descansando no próprio quarto, após ingerir bebidas alcóolicas e fazer uso de ecstasy, quando Igor e Mario chegaram. “Os dois subiram [de elevador] e já entraram no apartamento discutindo”, afirmou.
Ainda de acordo com o advogado, Marcelly disse à Polícia Civil que estava “totalmente desnorteada” por conta do efeito do entorpecente. Segundo o profissional, a cliente também explicou à corporação o motivo de não tentar apartar a discussão dos homens.
“Ela falou que o Igor, quando brigava ou discutia, não deixava ninguém entrar nas discussões dele. Sabendo disso, [Marcelly] nem se envolveu, pois achou que seria um ‘bate-boca’. Não imaginava que chegaria a esse ponto”, complementou Weissmann.
Igor Peretto foi encontrado morto com 11 facadas no quarto do apartamento da irmã, em Praia Grande, SP
Laudo pericial e reprodução
Marcelly também disse à polícia ter visto Igor quebrando um espelho com um chute durante a discussão. Neste momento, ainda de acordo com o advogado, a mulher saiu do quarto em direção a outro cômodo, com o objetivo de se vestir.
“Quando ela saiu e foi para o outro quarto, ainda não tinha agressão nenhuma”, afirmou o advogado. Por fim, Weissmann afirmou que Marcelly encontrou o irmão já esfaqueado quando deixou o segundo cômodo.
Defesa de Mario
Para o advogado Mario Badures, o cliente agiu em legítima defesa. O profissional apresentou à imprensa imagens que mostram que, 16 dias após o caso, o cliente ainda tinha hematomas da luta corporal que teve com Igor.
De acordo com ele, o rosto do cliente ficou inchado e a palma da mão foi atingida pelo espelho (veja abaixo).
Advogado de cunhado de comerciante assassinado mostra imagens dos hematomas no corpo de Mario 16 dias após o crime
Reprodução
“Marcelly, que é a testemunha presencial, que estava no local dos fatos, fala que o Igor, na posse de um espelho, de um vidro quebrado, que era um espelho, foi na direção de Mario. Isso é a investigação que diz”, disse.
O advogado afirmou que existem testemunhas e moradores que relatam que houve pancadaria e gritos de socorro. “Existe um porteiro que interfona para o apartamento e a vítima Igor que atende o interfone e fala que está tudo bem”.
Advogado de cunhado de comerciante assassinado mostra imagens dos hematomas no corpo de Mario 16 dias após o crime
Reprodução
O laudo pericial, obtido pelo g1, detalha as lesões de Igor: sete facadas na região do peitoral, uma na testa, uma no lado direito do rosto, uma próxima à orelha direita e uma nas costas.
A PM foi acionada pela síndica do prédio após ela ter ouvido muito barulho e não ter conseguido contato com Marcelly, a dona do apartamento. No local, os policiais precisaram forçar a entrada no imóvel e se depararam com um cenário de violência, de luta corporal, com muito sangue e o corpo de Igor no quarto.
Manchas de sangue
Atenção: imagens fortes – g1 Espírito Santo
Divulgação
Marcas de sangue encontradas no apartamento de Marcelly Peretto, no dia da morte do irmão, Igor Peretto
Laudo pericial
Segundo o laudo, as manchas de sangue foram os principais vestígios encontrados pela perícia. Elas estavam no corredor do prédio e dentro do apartamento.
Do lado de fora do imóvel apresentavam-se como pingos. Eles estavam na escadaria entre o 4ª andar, onde mora Marcelly, e o 2º andar. De acordo com o documento, essas informações sugerem que o suspeito foi ferido, o que pode ajudar nas investigações por meio de exames de DNA.
No interior do apartamento, as manchas estavam espalhadas por vários cômodos, principalmente na sala, na cozinha, no corredor e na suíte, onde o cadáver foi encontrado. O laudo aponta que os sinais encontrados indicam uma luta intensa pelo imóvel.
Mario Vitorino abraça Marcelly Peretto (à esq.) após assassinato do irmão dela; faca usada no crime (à dir.)
Reprodução
A faca, considerada pela perícia como provável instrumento usado no crime, estava coberta de sangue e foi encontrada no chão do banheiro social. Ela tem 36 cm de comprimento total, 23 cm de lâmina pontiaguda e uma largura máxima de 5 cm.
Após a faca ser examinada para coleta de impressões digitais, o perito responsável concluiu que, pela natureza de suas características, ela era capaz de causar as lesões observadas no cadáver.
O documento revelou, ainda, que a ponta da lâmina estava ligeiramente entortada, o que sugere que a faca pode ter sido usada com força considerável durante o ataque.
Sinais de luta
A porta do guarda-roupa na suíte, onde o corpo foi encontrado, estava danificada e tombada. Tal situação pode sugerir uma briga intensa no local, de acordo com o perito.
Outro aspecto que chamou a atenção: os danos nos batentes das portas do banheiro e do quarto entre o banheiro e a suíte. Eles apontam, de acordo com o documento, para uma tentativa de arrombamentos. Entretanto, não foram encontrados fragmentos de madeira, o que pode dar a entender que os danos seriam anteriores.
Mario, o último preso
Vídeo mostra cunhado suspeito em assassinato de comerciante chegando à delegacia em Praia
Mario Vitorino chegou a Praia Grande (SP) no dia 17 de setembro após mais de duas semanas foragido. O repórter cinematográfico Fábio Pires, da TV Tribuna, afiliada da TV Globo, registrou o momento em que ele entrou na DIG (assista acima).
O cunhado e sócio de Igor foi preso no interior paulista. Ele estava escondido na casa de um tio de Rafaela, viúva de Igor e amante de Mario. Tanto Rafaela quanto a irmã da vítima, Marcelly Peretto, já haviam sido detidas.
Mario era procurado desde 31 de agosto, data em que Igor foi morto. Depois de ter sido preso pela PM, ele foi conduzido à Delegacia Seccional de Rio Claro (SP), onde passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida pelo juiz.
A prisão só foi possível graças às informações que o irmão da vítima, o vereador Tiago Peretto, recebeu em forma de denúncia anônima sobre o paradeiro do cunhado. Embora o suspeito ainda seja casado com Marcelly, eles não estavam mais juntos, e sequer moravam no mesmo apartamento.
Mario Vitorino é conduzido à DIG de Praia Grande (SP)
Fábio Pires/TV Tribuna
O que se sabe sobre a cronologia do crime até o momento:
04:32:38 – Marcelly e Rafaela chegam de carro ao prédio de Marcelly;
05:40:17 – Rafaela vai embora do apartamento de Marcelly;
05:42:27 – Rafaela deixa o local com o carro;
05:42:40 – Mario e Igor chegam ao prédio de Marcelly;
05:44:40 – Mario e Igor saem do elevador em direção ao apartamento de Marcelly;
06:04:31 – Mario e Marcelly saem do apartamento pelas escadas e acessam o subsolo, logo após o homicídio;
06:05:03 – Mario e Marcelly saem pela rampa do subsolo e vão em direção ao carro dele;
06:05:25 – Mario e Marcelly partem de carro em direção ao apartamento dele;
06:11:29 – Mario e Marcelly chegam ao prédio dele;
06:16:44 – Mario e Marcelly deixam o prédio dele e fogem;
08:48:00 (aproximadamente) – Mario e Marcelly se encontram com Rafaela em um posto na Rodovia Governador Carvalho Pinto, no km 124, em Caçapava (SP), onde a viúva abandonou o carro e embarcou no carro do amante, onde já estava a irmã da vítima;
09:47:42 – Mario, Marcelly e Rafaela chegam em Campos de Jordão (SP), onde a irmã da vítima teria entrado em um carro por aplicativo e retornado para Praia Grande;
12:28:00 – Mario e Rafaela se hospedam em um motel em Pindamonhangaba (SP), onde permanecem até 15h37. No mesmo dia, abandonam o carro dele no Centro da cidade.
Mario, Marcelly e Rafaela, investigados pelo homicídio contra o comerciante Igor Peretto
Reprodução e Redes sociais
Últimas imagens de Igor
O g1 teve acesso às últimas imagens do comerciante com vida. Os vídeos mostram os três suspeitos e a vítima chegando ao apartamento onde ocorreu o crime. Primeiro, chegam Marcelly e Rafaela, mas a viúva deixa o apartamento antes de Mario aparecer com Igor (assista o vídeo acima).
Nas imagens, obtidas pelo g1, é possível ver Rafaela e Marcelly chegando de carro e subindo de elevador até o apartamento da irmã da vítima, por volta das 4h30. A esposa de Igor deixou o local sozinha, cerca de dez minutos depois, antes da chegada dos homens.
Vídeos mostram momentos antes e depois do assassinato de comerciante que descobriu traição
Igor e Mario também foram filmados chegando de carro ao prédio, às 5h42. A dupla subiu de elevador aproximadamente dois minutos depois. Na ocasião, o comerciante parecia questionar o cunhado antes de acessar o imóvel da irmã. Este é o último registro dele, feito pelas câmeras de monitoramento.
Mario e Marcelly são casados no papel, mas já não estavam mais juntos. O crime aconteceu no imóvel dela, onde foram filmados saindo às 6h04. O casal desceu pelas escadas, foi até o subsolo e deixou o prédio a pé pela garagem.
Câmeras filmaram Igor Peretto (à dir.) chegando ao apartamento junto com Mario Vicentino (à esq.)
Reprodução/TV Tribuna
De lá, os dois foram de carro para o apartamento de Mário, que fica a poucos quilômetros de distância do local do assassinato. Eles chegam ao prédio às 6h11, ficaram aproximadamente cinco minutos e saíram segurando bolsas e outros objetos.
A Polícia Militar foi acionada pela síndica. Com a ajuda de um chaveiro, solicitado por ela, a porta foi aberta e os agentes notaram sinais de sangue no corredor. Eles encontraram o corpo de Igor caído em um quarto, próximo da janela.
Casais estavam dentro do apartamento onde Igor Peretto foi encontrado morto em Praia Grande (SP)
Yasmin Braga/g1 e Reprodução/Redes Sociais
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos


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