Bombardeio israelense em Damasco mata 15 pessoas e deixa feridos; Israel diz que atingiu centros de comando da Jihad Islâmica



O exército israelense confirmou o ataque desta quinta (14) a centros de comando do grupo extremista palestino. Equipes de resgate em frente a prédio destruído e saindo fumaça em Damasco, na Síria, após bombardeio israelense em 14 de novembro de 2024.
REUTERS/Firas Makdesi
Um bombardeio israelense a dois prédios residenciais nos subúrbios de Damasco, capital da Síria, nesta quinta-feira (14) deixou 15 mortos e 16 feridos, segundo a agência estatal de notícias síria Sana.
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Um dos prédios estava localizado no subúrbio de Mazzeh e o outro em Qudsaya, a oeste da capital.
O Exército israelense afirmou que seu ataque teve como alvo edifícios militares e centros de comando da Jihad Islâmica Palestina na Síria. “Esses ataques atingiram fortemente a liderança e os membros ativos do movimento”, afirmou o porta-voz do exército, Avichay Adraee. (Leia mais sobre a Jihad Islâmica abaixo).
Israel tem realizado ataques contra alvos ligados ao Irã na Síria há anos, mas intensificou essas incursões desde o ataque de 7 de outubro do ano passado pelo grupo palestino Hamas em território israelense, que desencadeou a guerra em Gaza.
Comandantes do grupo armado Hezbollah, do Líbano, e da Guarda Revolucionária do Irã baseados na Síria são conhecidos por residirem em Mazzeh, de acordo com moradores que fugiram após ataques recentes que mataram algumas figuras importantes desses grupos.
Os blocos de edifícios altos de Mazzeh já foram usados pelas autoridades no passado para abrigar líderes de facções palestinas, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica.
O que é a Jihad Islâmica Palestina
A Jihad Islâmica Palestina é um grupo radical islâmico fundado na década de 1980, no Egito, por estudantes universitários de Gaza, com o objetivo de formar um estado palestino nas regiões de Gaza, Cisjordânia e partes de Israel.
Bem menor do que o grupo terrorista Hamas, que manda na Faixa de Gaza, a Jihad não participa de eleições e foca no combate armado contra Israel. É considerado um grupo terrorista também pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.
Ao longo do tempo, a Jihad Islâmica assumiu ataques suicidas e terroristas e não reconhecem a existência do Estado Israelense.
No ataque do dia 7 de outubro de 2023, o grupo uniu-se à ação do Hamas, de quem recebe apoio público. Ambos compartilham o ideal de luta contra Israel, mas nem sempre concordam em todas as decisões.
Segundo a agência de notícias Associated Press, até maio de 2023 o Hamas pedia que o grupo adotasse maior moderação em sua postura.
Com uma fundação inspirada pela Revolução Islâmica no Irã, a Jihad Islâmica Palestina mantém relações próximas com o país. De acordo com a rede de televisão Al Jazeera, o Irã fornece armamentos, treinamento e financia as atividades do grupo.


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